As empresas portuguesas estão a preparar-se para o processo de transformação digital no negócio - Impacting Digital

A transformação digital é, cada vez mais, uma realidade nas empresas, portuguesas (e não só). E a forma como os executivos e líderes de negócio a encaram hoje, será determinante para traçar o futuro dos seus negócios.

Neste sentido, não devemos assumir que o processo de transformação digital se baseia apenas em ferramentas, softwares ou na invariável presença em redes sociais.

Falo de estratégia.

Sim, estratégia digital. Processos e automatismos que fazem deste modus operandi uma realidade aos dias de hoje sendo que há empresas que aderem de forma proativa, outras que estão num grau de maturidade estável e por fim, as menos recetivas em aplicar estratégias digitais nas suas empresas.

E foi a partir deste conjunto de ideias que nós, Impacting Digital, nos propusemos a desenvolver um estudo sobre transformação digital no negócio – uma pesquisa com o principal intuito de perceber em que estágio estão as empresas portuguesas atualmente. Desvendar se estas já investem na formação de ferramentas digitais, se procuram identificar quem são os seus verdadeiros agentes de transformação ao passo que analisam todos os dados que recebem dos seus clientes.

Este estudo foi endereçado a 500 empresas portuguesas, distribuídas entre 11 setores de atividade distintos.
 

Objetivo: perceber o nível de transformação digital das empresas

No presente estudo, a necessidade de avaliação da componente cultural e da componente técnica tornou-se essencial para compreendermos, ao pormenor, o estado das empresas portuguesas.

Contudo, é importante não esquecer quem são os principais protagonistas desta era tecnológica – as pessoas. Afinal, as estratégias são desenvolvidas e executadas de pessoas para pessoas.

Por um lado, concluímos que o estado atual das empresas é sustentado por aquilo que é a componente estratégica dos seus líderes. A agregação de ideias alinhadas numa só direção facilita a cada um dos envolvidos perceber qual é o seu caminho na estratégia digital da empresa pela qual vestem a camisola. As empresas devem procurar perceber quais são as ferramentas digitais que mais se adequam ao seu negócio, partilhar a sua visão, o trilho a seguir e disponibilizar as ferramentas a cada interveniente. Só assim conseguirão caminhar de mãos dadas rumo a esta transformação digital.

Por outro lado, concluímos que os agentes de transformação que identificamos em cima têm maior preponderância quando possuem um leque de escolhas e acesso a melhores serviços digitais. Neste sentido, a avaliação técnica baseou-se na utilização de cloud services, plataformas de análise de dados, redes sociais como fator influenciador no negócio e nas criptomoedas, a fim de perceber se as empresas já as utilizam para a contratação de serviços externos.
 

As principais conclusões

 

O outsourcing de serviços é uma solução para as empresas portuguesas.

Quando perguntado “quem tem a responsabilidade pela operacionalização dos projetos digitais?” conclui-se que o outsourcing surge como solução (22,9%) apesar de ser ainda o “departamento de marketing” e “outro departamento” que, de forma natural, têm maior relevo, 31,4% e 34,4% respetivamente. 11,4% das empresas ainda alegam não existirem projetos digitais a decorrer.
 

Os negócios B2C têm um nível de transformação digital mais elevado que os B2B.

As diferenças entre os perfis de clientes B2C e B2B são notórias, o que nos leva a concluir que são as necessidade do negócio que ditam a influência que o digital tem nas estratégias implementadas.

Assim, a tipologia de negócio B2C (empresas que trabalham diretamente com o consumidor final) apresenta um coeficiente mais elevado, de 3,35 pts, quando comparado a negócios B2B (empresas que trabalham com empresas) que apresentam um coeficiente de 3,30 pts.
 

Empresas com altos volumes de faturação estão melhor preparadas para a transformação digital.

É curioso perceber que são as empresas com maior volume de faturação que mais apostam no investimento em competências digitais, suplantando as start-up’s e as PME’s.

Neste sentido, será que a transformação digital no negócio depende mais dos recursos financeiros disponíveis do que da própria componente cultural? Este estudo sugere que sim.
 

As redes sociais já são olhadas como negócio.

Uma comunicação objetiva, clara e orientada à realidade de cada negócio/indivíduo é o ponto de partida para manter ou melhorar a relação com os seus clientes e potenciais.

É aqui que entra em cena a gestão de redes sociais. As redes sociais vêm modificar a maneira como os executivos portugueses olham para a estratégia digital.

Neste estudo sobre transformação digital, as respostas foram bastantes esclarecedoras no que diz respeito ao uso das redes sociais para fins comerciais. A maior parte das respostas (60%) foram positivas, 22,9% dizem respeito a uma posição intermédia e a minoria (17,2%) considera ainda fazer negócio via redes sociais.

Consulte o estudo para ter acesso às restantes conclusões.

 

Executivos portugueses: competências necessárias para a transformação digital no negócio

As empresas que pretendem dar início ao processo de transformação digital no negócio devem, tal como aponta o estudo, dar prioridade à transformação da cultura organizacional modelando-se então àquilo que são os processos internos: as pessoas, as plataformas e a automação.

E pensar, à posteriori, em ter as ferramentas necessárias para catapultar o seu negócio para um patamar digital, onde a entrega de valor se coaduna com a missão, visão e modelo de negócio.

Desta forma, tendo em conta uma visão global do estudo, os executivos portugueses com maior poder de decisão dentro de uma empresa, devem considerar:

  • Ter um planeamento estratégico;
  • Estar orientados para o negócio;
  • Identificar os agentes transformadores dentro do seu negócio;
  • Otimizar e priorizar a comunicação entre equipas;
  • Investir em competências digitais.

Por último, partilho consigo o acesso ao nosso estudo sobre transformação digital no negócio em Portugal.