O que é a maturidade digital das empresas? - Impacting Digital

Para gerir um negócio de (e com) futuro não basta agarrarmos as tecnologias e esperar que elas façam o resto por nós. As tecnologias são, sim, a base do futuro, mas as empresas só lá chegam se estiverem dispostas a, também elas, acompanhar o ritmo evolutivo e a mudar processos, mentalidades e procedimentos no sentido de construir um negócio de bases estáveis, mas adaptáveis às exigências de um mercado em mudança constante.

 

É com base neste pressuposto que tanto se fala na transformação digital e em tudo o que o conceito carrega: uma nova forma de estar nos negócios, um novo enquadramento empresarial e uma nova forma de integrar as equipas. No entanto, a transformação digital não é um fim em si mesma, mas antes um caminho a percorrer – um caminho que desagua na maturidade digital.

 

O que é a maturidade digital?

 

A maturidade digital é o grau de melhoria que as empresas atingem nas operações e na satisfação dos clientes graças à automação de processos. Num cenário ideal, a automação não é um fim nem um objetivo de negócio, mas antes um suporte à atividade empresarial – suporte que aumenta a eficiência e a eficácia de equipas, de processos e até de tecnologias que já existiam.

 

Numa empresa que atinge um patamar avançado de maturidade digital a tecnologia não se vê. E, se não se vê, não é porque não existe, mas porque está tão embrenhada no negócio que é praticamente impossível vê-la para além dele, da mesma forma que ele já não seria o mesmo sem o suporte dela.

 

A maturidade digital, no entanto, é um estado dinâmico: as empresas podem estar mais ou menos maduras, podem evoluir para um estado melhor ou até retroceder a um estado pior se pararem de investir na transformação digital e deixarem o mercado passar-lhes à frente. É por isso que faz todo o sentido a criação de um espectro, uma medida de maturidade digital que nos diga, regularmente, em que ponto estamos. Em que ponto está?

 

O que a maturidade digital significa para o negócio

 

Sobre as vantagens da transformação digital já todos ouvimos falar – mas o conceito de maturidade digital ainda tende a ficar longe da exploração empresarial. É esse cenário que urge mudar: as empresas portuguesas não podem correr atrás de um objetivo abstrato, investir recursos numa área de retorno fantasma. Se investimos, queremos resultados: e esses resultados estão na pontuação que atingimos de maturidade digital.

 

Uma empresa digitalmente madura é uma empresa que está na frente do mercado, e não falamos só de resultados financeiros. Na realidade, e não será surpresa para quem, como eu, ocupa cargos de gestão, os resultados financeiros não são mais do que a consequência de todo o trabalho que foi feito antes. Numa empresa de bom nível de maturidade digital, esse trabalho é a construção de uma cultura digital, de processos ágeis e adaptáveis, de relações fortes e sólidas com os stakeholders – tudo suportado por uma estrutura tecnológica tão invisível como eficiente. Numa empresa digitalmente madura, o cliente termina cada interação plenamente satisfeito; os parceiros e fornecedores não reclamam de labirintos burocráticos; os colaboradores não lamentam tarefas repetitivas ou cujo valor não é imediatamente percetível. Numa empresa com maturidade digital tudo funciona mesmo que as peças não estejam à mostra – e é isso que a faz destacar-se no meio das outras.

 

Onde entram os líderes na maturidade digital?

 

Como sempre, os líderes são os que vão na frente, os que puxam pela empresa e pelo negócio. Num cenário de maturidade digital, os líderes são os primeiros a adotar uma postura de abertura à inovação, uma mentalidade mais deste século e menos de gestor “à antiga”. Uma postura de coragem e abertura à modernização e não de medo do risco ou do “futuro que só tem máquinas”.

 

Um líder é sempre um exemplo. Se a sua empresa quer chegar ao topo da maturidade digital, vai precisar de construir uma cultura empresarial digital – e toda a cultura precisa de uma inspiração. Seja essa inspiração. A sua empresa não precisa de si só para assinar documentos ou tomar decisões difíceis.

 

Como medir a maturidade digital

 

Não há nada num negócio bem estruturado que não seja mensurável, e a maturidade digital não pode fugir a esta regra. Na elaboração do estudo sobre a maturidade digital das empresas portuguesas, a Impacting Digital desenvolveu um modelo tripartido que desagrega o espectro de maturidade digital em três pilares: o coeficiente global, o coeficiente cultural e o coeficiente tecnológico. O objetivo é que, avaliando cada um numa escala de 0 a 5, se perceba em que estágio se encontra cada empresa:

0<1           Patamar inicial
1<2            Patamar de definição
2<3            Patamar ativo
3<4            Patamar de desenvolvimento
4<5            Patamar avançado

 

Coeficiente Global

 

Pelo coeficiente global se avalia o grau global de maturidade digital das empresas, isto é, a combinação do coeficiente tecnológico com o coeficiente cultural. Ele espelha, de forma genérica, a importância e o impacto que a transformação digital tem na evolução recente de empresas e áreas de negócio.

 

No estudo conduzido pela Impacting Digital em 2018, as empresas portuguesas não estiveram muito mal, somando um total de 3.48 pontos no coeficiente global de maturidade digital. Não sendo o melhor resultado que podiam ter, significa que a transformação digital está a liderar o desenvolvimento do tecido empresarial português – e isso só pode ser um sinal promissor.

 

Coeficiente Cultural

 

Este foi, curiosamente, o coeficiente com pontuação mais elevada na avaliação da maturidade digital das empresas portuguesas em 2018: 3.52 pontos que mostram que os líderes empresariais têm uma visão atenta e de valorização da transformação digital, mostrando abertura para a adoção de novos processos e tecnologias que impactem a forma como fazem o negócio de sempre.

 

A cultura digital, contudo, não basta para levar um negócio ao auge da maturidade digital: ela precisa, pelo contrário, de um suporte tecnológico que viabilize as visões inovadoras de negócio – e daí surge a necessidade de se avaliar, também e em paralelo, o coeficiente tecnológico destas empresas.

 

Coeficiente Tecnológico

 

A maturidade digital depende, em grande parte, do desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que permitam às empresas automatizar processos e relações com stakeholders, ao mesmo tempo que fornecem uma visão global, integrada e em tempo real do negócio que se desenrola.

 

Na medição deste coeficiente as empresas portuguesas já não tiveram uma pontuação tão alta, ficando-se pelos 3.11 pontos – e esse é um sinal claro de que a transformação digital nestas empresas está a decorrer a ritmos desiguais. Na realidade, a cultura digital está a acelerar mais do que o desenvolvimento tecnológico acompanha, e esse pode ser, a longo prazo, um “travão” que impede os negócios de atingirem a plena maturidade digital. Por outro lado, o facto de conhecer as diferenças entre os coeficientes da sua empresa é o ponto de partida ideal para um ajuste estratégico, que decorre com consciência plena do que tem de ser mudado e em que direção.

 

Como saber o nível de maturidade digital da sua empresa

 

Se a medição destas variáveis é importante, mais importante é saber que elas são bem medidas. Garantir que o processo de avaliação da maturidade digital é bem conduzido é equivalente a garantir que os relatórios que lhe chegam têm os valores corretos – sem eles não está em condições de fazer um planeamento informado e eficiente do futuro do seu negócio.

 

Podem os negócios, neste contexto, recorrer a quem verdadeiramente sabe e pedir auditorias que lhes façam ver em que ponto se situam na escala da maturidade digital. Um dos exemplos é a Impacting Digital, que, desde que começou os estudos anuais de maturidade digital, tem sido uma referência nas auditorias empresariais e nos programas de acompanhamento.

 

O “negócio” é bastante simples: em troca da participação do estudo anual (que, para 2019, está a decorrer agora), as empresas recebem uma avaliação personalizada do seu nível de maturidade digital, assim como ainda ficam habilitadas à participação na formação “Marketing Digital – da Estratégia à Ação” e ainda a um voucher de 5.000€ em serviços de consultoria. Construímos, assim, um estudo cada vez mais completo e rigoroso do cenário empresarial português e ajudamos as empresas a darem mais um passo (ou vários) na direção do patamar avançado de maturidade digital. Participe aqui.

 

Contas feitas, empresa nenhuma faz negócio sozinha – e é da integração de recursos que nasce o verdadeiro retorno.