Um olhar sobre os setores mais e menos propensos à Transformação Digital

No último artigo que escrevi para o blog falei sobre o setor do turismo e o seu desenvolvimento no digital. Esta análise inspirou-me a fazer este artigo sobre setores mais e menos propensos à transformação digital, tendo em consideração os resultados do estudo sobre transformação digital no negócio 2019.

A transformação digital trouxe uma mudança radical na maneira como as empresas dos diversos setores operam, incorporando processos digitais que garantem que estas não ficam para trás. Vejamos o setor da tecnologia onde quem decide procura (sucessivamente) o crescimento do seu negócio através da inovação de processos internos, operações e em criar condições focadas na formação digital das suas equipas.

A realidade é que a transformação digital já atingiu de forma disruptiva todos os setores! Mas será que estes estão a acompanhar e a evoluir da mesma forma? Spoiler alert: não! Nos próximos parágrafos, falo sobre os setores que obtiveram melhores e piores coeficientes de transformação digital e respetivas estratégias que permitem potenciar os resultados obtidos.

Quer saber quais os setores que estão mais e menos propensos à transformação digital em 2019? Continue a ler o artigo!

A indústria é o setor com pior coeficiente de transformação digital

O estudo de avaliação do nível de transformação digital traça o retrato da transformação digital e uso de tecnologia nas empresas por setores. Os setores da indústria, retalho e distribuição destacam-se como os menos desenvolvidos em termos de transformação digital.

Os setores de retalho e distribuição apresentam um coeficiente de 3.25 pts em 5, verificando-se uma evolução significativa face ao ano anterior (2.75 pts). Ainda em linha com os resultados do ano anterior verificou-se um switch de posições entre estes dois setores, devido à subida de patamar dos setores de retalho e distribuição, passando a indústria a apresentar o pior coeficiente de transformação digital (3.18 pts).

Ao longo dos tempos a indústria passou por diversas fases que foram imprescindíveis para o seu desenvolvimento, hoje provavelmente já deve saber que vivemos na 4ª revolução industrial, a tão falada indústria 4.0, onde se verifica uma combinação entre tecnologias físicas, biológicas e digitais. Apesar de a presença do digital ser imperativamente sentida, as empresas industriais, como muitas outras em diversos setores, têm dificuldade em colocar na prática uma estratégia que respeite o ADN da empresa e que esteja orientada para o digital, por outro lado, as empresas sentem constrangimentos aquando da implementação efetiva destas soluções.

A velocidade exorbitante de mudança tecnológica faz-nos desafiar ideias sobre o nosso negócio e não existe uma ciência exata sobre o que fazer, mas considero que o setor da indústria poderia beneficiar com o investimento em processos internos, apostando em:

  • Inteligência artificial (IA) e marching learning: permitem solucionar problemas e auxiliam na tomada de decisão mais complexa e segura, reduzindo assim erros, custos e aumentando a lucratividade;
  • Internet of things (IoT): a indústria é um dos setores que mais tem recorrido à IOT, uma vez que, esta tecnologia auxilia a identificar:
    • Problemas no processo produtivo de forma a que não tenha impacto na qualidade do produto final;
    • Falhas nas máquinas reduzindo custos de manutenção desnecessários;
    • Determinado lote através de sensores que conseguem saber onde está qualquer objeto em tempo real, agilizando toda a cadeia de distribuição.
  • Robôs: cada vez mais está se a extinguir o estigma que os robôs vão substituir o homem, na realidade eles são uma forma de ajudá-lo em tarefas mais perigosas e rotineiras, especialmente em setores como a indústria, já sem falar que a velocidade e destreza dos robôs permite a otimização de processos.

Importante referir que a transformação digital vai além do investimento em novas tecnologias e otimização de processos, envolve toda uma mudança no modelo mental e na cultura da empresa. Esta mudança não envolve só a introdução de ferramentas tecnológicas mas também uma alteração significativa nas formas de pensar e agir de todos os colaboradores. Não se esqueça: as pessoas são um dos pilares mais importantes da transformação digital! E como tal, o investimento também deverá recair sobre a formação das mesmas.

Assim, estando já alinhadas com este mindset, as empresas podem beneficiar de algumas iniciativas que estão a decorrer, que têm como objetivo ajudar a dotar-se de capacidade de investimento em estratégias digitais para competir num mercado global.

Setor tecnológico: uma evolução natural?

Sem grande surpresa o setor ligado à tecnologia obteve o melhor coeficiente de transformação digital com 3,96 pts, aproximando-se assim do patamar digital: empresas com forte vertente digital e contributo significativo no negócio. Os setores do turismo, hotelaria e restauração (3.94 pts) são os que mais se aproximam do setor rei, tal como escrevi no artigo sobre transformação digital no turismo.

Efetivamente estas áreas estão muito próximas de adquirir a maturidade necessária para se manterem relevantes no mercado atual. O tempo de resposta, o mindset criado e a coragem inata para acelerarem em direção ao futuro são as características mais fortes de setores que fazem evoluir os seus produtos, serviços e modelo de negócio através de uma rapidez brutal.

No que concerne ao setor tecnológico, sim consiste numa evolução natural! A verdade é que neste setor o tempo de resposta é o que determina o sucesso e estas empresas já têm um mindset criado e a coragem inata para acelerarem em direção ao futuro. Bom exemplo de coragem é a gigante Amazon, um híbrido entre o setor do retalho e da tecnologia, que para além de ter extinguindo ao início os seus produtos e serviços devido à quebra nas vendas dos livros físicos, está prestes a seguir os mesmos passos do passado com o lançamento da Amazon Prime – serviço de streaming de filmes e séries, provocado pela quebra atual dos seus DVDs.

A Amazon é um caso real que nos permite concluir que o processo de evolução é contínuo e que há sempre um degrau a subir mesmo já apresentando bons resultados em matéria de transformação digital, como os exemplos dos setores tecnológico, turismo e telecom e media. Resumindo, creio que existe sempre espaço para melhoria e que é necessário dar o salto em todos os setores, mesmo sabendo que existem saltos maiores que outros.


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Transformação digital no turismo: será o setor do turismo um destino digital?

Tudo muda, tudo se transforma!

Vivemos numa sociedade fortemente influenciada pelos avanços tecnológicos. A forma como trabalhamos, comunicamos com os nossos familiares e amigos e até como viajamos, já não é a mesma. Não se engane, a transformação digital veio para ficar e já tem mudado a realidade de diversos setores de atividade: o turismo não é exceção, muito pelo contrário! Assim, neste artigo vou-lhe falar de Transformação Digital no Turismo!

O setor do turismo apresenta resultados positivos relativamente a avanços digitais e inovação. Para este setor estes avanços são uma forma de dar resposta ao desafio de conciliar crescimento contínuo com sustentabilidade e responsabilidade.

Já passou o tempo em que um turista, quando queria ir visitar um local, tinha que obrigatoriamente ir a uma agência de viagens física, para conhecer os packs disponíveis e marcar a sua viagem. Hoje, para além de podermos reservar e comprar os bilhetes online, é nos oferecido a possibilidade de, previamente, percorrer as ruas com o Google Street View ou procurar os melhores lugares para comer com o Trip Advisor.

Mas os avanços no setor do turismo não ficam por aqui! Por esse motivo escolhi este vertical de forma a, neste artigo, falar-lhe um pouco sobre a sua importância para a economia portuguesa e abordar os principais resultados, do estudo sobre a Transformação Digital no Negócio 2019, referentes a este setor.

Contributo do turismo para o desenvolvimento da economia

Já não é novidade para ninguém que o turismo em Portugal assume-se como o principal motor da economia. Todos adoram o nosso clima solarengo, a gastronomia, a simpatia inata e a excelente recetividade. Estes aspetos intangíveis refletem-se em números e é sobre isso que vos irei falar nos próximos parágrafos.

Segundo dados do INE e Banco de Portugal, as receitas turísticas tiveram um contributo de 8,2% no PIB português, em 2018. Este peso considerável no PIB faz com que este setor seja um dos principais responsáveis por manter a balança comercial positiva.

Mas a sua importância vai além-fronteiras até porque é a maior atividade económica exportadora do país, sendo responsável, em 2018, por 51,5% das exportações de serviços e 18,6% das exportações totais. Ainda neste ano, o setor do turismo gerou 328,5 mil empregos (um peso de 6,7% na economia nacional), representando um acréscimo de 5,3 mil empregos em relação ao ano de 2017. Apesar deste panorama animador, em 2019, regista-se uma desaceleração no crescimento deste vertical.

A globalização favoreceu a evolução do turismo em termos económicos, mas como este se comporta no digital?

Transformação Digital no Turismo – Resultados

As viagens começaram a ser algo frequente na vida das pessoas, quer para trabalho, quer para lazer. Na verdade, passou quase a ser uma commodity na aldeia global em que vivemos. Este crescimento vertiginoso não teria sido possível sem o auxílio das preciosas ferramentas digitais e prova disso é a pontuação de 3,94 (em 5) que os setores do turismo, hotelaria e restauração obtiveram no estudo sobre a Transformação Digital no Negócio 2019. Conclui-se sem grande espanto que, em termos holísticos, o setor do turismo apresenta uma estratégia concreta no digital e em crescimento neste canal.

Os dados do estudo mostram que as empresas de turismo consideram que o digital contribui de forma significativa para o seu negócio, o que já não é novidade a este ponto. Por isso, analisando mais deeper conclui-se que os setores do turismo, hotelaria e restauração apresentam a pontuação mais elevada (4,33 pts) quando questionados se as empresas estão otimizadas para qualquer dispositivo (mobile, tablet, desktop).

A Maioria dos utilizadores acedem à internet através de um dispositivo móvel em que, no caso do setor do turismo muitos procuram e compram as viagens pela web ou fazem o check-in de uma viagem online apresentando posteriormente o bilhete digital através do smartphone.

A frequência da mobilidade faz com que boa parte das empresas neste ramo tenham o seu website otimizado para smartphone ou outros dispositivos. De certo já lhe aconteceu a si, ou a alguém que conhece, ter que reservar um voo de última hora através do smartphone, agora imagine que o website da agência não está otimizado para o seu telemóvel, muito provavelmente fica desanimado e desiste acabando por ter de comprar na bilheteira estando sujeito a filas indetermináveis.

É assim do interesse destas empresas terem a sua página web otimizada para qualquer tipo de dispositivo e esse esforço reflete-se nos resultados positivos do estudo neste campo.

Outro ponto importante de salientar é que a aposta nas redes sociais como forma de promoção e a incorporação de soluções de inteligência artificial já são uma realidade para as empresas do setor do turismo. No entanto, questiono-me se estas empresas estão a usufruir por completo dos benefícios do digital, pois apresentam resultados menos positivos nos campos de investimento e importância que o digital tem na faturação da empresa. Contudo, devemos estar cientes que a transformação digital não acontece do dia para a noite, independentemente do setor, pois trata-se de um processo constante onde há sempre espaço para melhorias.

O setor do turismo está num bom caminho!

É claro que a transformação digital no turismo está num bom caminho quer pelos resultados apresentados, quer pelas dinamizações que este setor promove. Exemplo disso é o programa BEST – Business Education for Smart Tourism, dinamizado pelo Turismo de Portugal em parceria com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e a Google, que tem como objetivo integrar ações de formação e de qualificação sobre transformação digital. Outro bom exemplo disso é o facto de, em 2018 a Organização Mundial do Turismo (OMT) ter assinalado o Dia Mundial do Turismo com o tema “Turismo e a transformação digital”.

Não há dúvidas, já quase todos reconhecemos a importância da tecnologia e considero-a um grande aliado tanto para o turismo, como para outro setor de atividade!


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Análise de Resultados Em Tempo Real

Descobrir tendências utilizando visualização poderosa sobre grandes conjuntos de dados

A Impacting Digital tem um cliente que é uma empresa impulsionada por análise de dados, cuja principal atividade é gerir campanhas de canais cruzados, utilizando para isso uma estratégia combinada que garanta o melhor valor para seus clientes.

O desempenho dos canais pode mudar significativamente durante o ciclo de vida da campanha, tornando-se crítico re-visitar e adaptar constantemente a estratégia de acordo com os resultados.

A Impacting Digital descobriu que, apesar da ampla gama de relatórios já existentes, muitas vezes era necessário realizar análises complexas, o que exigia suporte de TI, de operações (consulta e exportação de dados), e de desenvolvimento (para novas ferramentas / relatórios). Isto causava muitas vezes o atraso de decisões críticas que têm enorme impacto no desenvolvimento do negócio deste cliente.

 

Análise de dados para capacitar os marketers

Dada a grande quantidade de dados, a Impacting Digital decidiu implementar neste cliente uma abordagem bottom up, começando pela consolidação de dados críticos numa solução de big data utilizando a Aurora, uma poderosa ferramenta de visualização de dados. O objetivo passava por criar um workbench altamente interativo para os profissionais de marketing deste cliente.

Tirando partido da capacidade da Aurora se conectar a muitos sistemas de bases de dados relacionais no mercado e a sua capacidade única de combinar diferentes conjuntos de dados de diferentes bases de dados, fomos capazes de reduzir consideravelmente a quantidade de dados a serem processados e a transformação requerida para o projecto.

Transformar conjuntos de dados em dados significativos, capacita os marketers com tomada de decisões ágeis e em boa hora, otimizando resultados e entregando maior valor aos seus clientes

O conjunto de visualizações de dados fornecidos pela Aurora permitiu-nos criar painéis e fluxos de navegação que capacitam os profissionais de marketing a terem uma compreensão profunda do desempenho geral das campanhas em cada canal, permitindo-lhes detalhar segmentos específicos e ajustar sua estratégia de acordo.

Dada a abordagem, da Aurora para disponibilizar informação, com leitura fácil, em painéis, a equipa de marketing deste cliente pode agora adicionar novos painéis rapidamente, sem a necessidade de desenvolvedores de software, reduzindo o tempo de implementação ao mínimo.


NECESSIDADE: Fornecer aos marketers ferramentas de análise de dados, que permitam reagir com agilidade ao desempenho de campanhas.
CONSULTOR: Tiago Carvalho
SOLUÇÃO: Análise de dados

Impacting Digital vai-se juntar à ScaleUp Porto no Web Summit

{:en}Impacting Digital was invited by ScaleUpPorto to join the Web Summit. Gema Digital and MOG Technologies are the other Porto based scale-ups that will join the exhibition. ScaleUpPorto stand will be a meeting point for Porto’s entrepreneurial and innovation ecosystem and an opportunity for the exhibiting companies to establish contacts at a global scale.

The role of cities as technology hubs is more and more important, specially for companies like Impacting Digital that makes people its most valuable asset. Being at the middle of a vibrating ecosystem like Porto brings Impacting Digital the possibility to interact and partner with many companies that provide digital solutions, making possible to integrate them in a global solution for our clients.

The possibility of hiring skilled people is also a major advantage, allowing Impacting Digital to be competitive in the global market. The internationalization that the Impacting Group did in the last 10 years is an evidence that being based in Porto and being connected with the local ecosystem worked very well for us.

Impacting Digital focus on delivering solutions that enable companies to be successful in a customer centric digital world. By combining the digital experience of our consultants with our clients business know-how Impacting Digital delivers 360º projects that truly impact business results.

From building engaged web communities from scratch to creating and operating call centers, from delivering lead management solutions to top banks and utilities companies to developing data warehousing and data visualization solutions, Impacting Digital has the capability to access, plan and deliver digital rich projects at all levels of its client’s organization.

Technology is driving change in the organizations for a long time. Company leaders everywhere are acknowledging that customers not technology should be at the driver’s seat even for those operating in the B2B market.
Internet, Mobile, Social Networks, Cloud Computing, Big Data, Marketing Automation, Data Analytics are all buzzwords that for many businesses still fail to deliver on their promise of increased revenues and profits.

Navigating this new digital world is complex even for highly skilled and staffed digital agencies and consultancies.

Impacting Digital was born 100% digital, with a 10 years experience in solving digital business problems. Created as a subsidiary of the Impacting Group, we have a track record of delivering not only digital projects but also innovative business models, like Emailbidding or highly complex and complete marketing automation suites like Smarkio.
Besides Emailbidding and Smarkio, Impacting Group also owns Adclick, a reference company in the digital marketing landscape.

Impacting Digital is made of people.
Digital native people that together with you can change your business.{:}{:fr}Impacting Digital a été invité par ScaleUpPorto à rejoindre le Web Summit.
Gema Digital et MOG Technologies sont les autres plates-formes basées à Porto qui rejoindront l’exposition. Le stand ScaleUpPorto sera un point de rencontre pour l’écosystème entrepreneurial et d’innovation de Porto et une occasion pour les entreprises exposantes d’établir des contacts à l’échelle mondiale.

Le rôle des villes en tant que pôles technologiques est de plus en plus important, en particulier pour les entreprises comme Impacting Digital qui rend aux gens leur atout le plus précieux. Être au milieu d’un écosystème vibrant comme Porto, permet à Impacting Digital d’interagir et de s’associer à de nombreuses entreprises qui fournissent des solutions numériques, permettant ainsi de les intégrer dans une solution globale pour nos clients.

La possibilité d’embaucher des personnes qualifiées est également un avantage majeur, permettant à Impacting Digital d’être compétitif sur le marché mondial. L’internationalisation que le Groupe Impacting a fait au cours des 10 dernières années est une preuve que d’être basé à Porto et être connecté à l’écosystème local a très bien fonctionné pour nous.

Impacting Digital se concentre sur la fourniture de solutions qui permettent aux entreprises de réussir dans un monde numérique axé sur le client. En combinant l’expérience numérique de nos consultants et le savoir-faire de nos clients, Impacting Digital offre des projets à 360 ° qui ont vraiment un impact sur les résultats de l’entreprise.

Impacting Digital a la capacité d’accéder, de planifier et de livrer des projets numériques riches à tous les niveaux, en passant par la création et l’exploitation de centres d’appels, L’organisation de ses clients.

La technologie est le moteur du changement dans les organisations depuis longtemps. Les chefs d’entreprise partout dans le monde reconnaissent que les clients, et non la technologie, devrait pas être à la place du conducteur, même pour ceux qui opèrent sur le marché B2B.
Internet, Mobile, Réseaux sociaux, Cloud Computing, Big Data, Automation du marketing, Data Analytics sont tous des mots à la mode qui, pour de nombreuses entreprises, ne parviennent toujours pas à honorer leurs promesses d’augmentation de revenus et de bénéfices.

Naviguer dans ce nouveau monde numérique est complexe, même pour les agences numériques et les consultants hautement qualifiés.

Impacting Digital est né du digital à 100% , avec une expérience de 10 ans dans la résolution des problèmes d’entreprises numériques. Créé en tant que filiale du Groupe Impacting, nous avons la réputation d’offrir non seulement des projets numériques, mais aussi des modèles d’affaires innovants, comme Emailbidding ou des solutions complète de Marketing Automation comme Smarkio.
Outre Emailbidding et Smarkio, Impacting Group détient également Adclick, une société de référence dans le paysage du marketing numérique.

Impacting Digital est fait de personnes. Des personnes nées du digital qui ensemble peuvent changer votre business.{:}{:pt}A Impacting Digital foi convidada pela ScaleUpPorto para se juntar ao WebSummit. A Gema Digital e a MOG Technologies são as outras scale-ups do Porto que irão juntar-se à exposição. O stand da ScaleUpPorto será um ponto de encontro para o ecossistema empresarial e de inovação do Porto e uma oportunidade para as empresas expositoras estabelecerem contactos a nível global.

O papel das cidades como pólos tecnológicos é cada vez mais importante, especialmente para empresas como a Impacting Digital que faz das pessoas o seu bem mais valioso. Estar no meio de um ecossistema vibratório como o Porto traz à Impacting Digital a possibilidade de interagir e associar-se a muitas empresas que oferecem soluções digitais, tornando possível integrá-las numa solução global para os nossos clientes.

A possibilidade de contratação de pessoas qualificadas é também uma grande vantagem, permitindo que a Impacting Digital seja competitiva no mercado global. A internacionalização que o Grupo Impacting fez nos últimos 10 anos é uma prova de que estar no Porto e estar ligado ao ecossistema local funcionou muito bem para nós.

Impacting Digital foca-se na entrega de soluções que permitem às empresas serem bem sucedidas num mundo digital centrado no cliente. Ao combinar a experiência digital de nossos consultores com os nossos clientes, o know-how empresarial Impacting Digital oferece projetos de 360º que realmente impactam os resultados dos negócios.

Desde a construção de comunidades web envolvidas desde o início até a criação e operação de call centers. Desde a entrega de soluções de geração de leads a bancos e empresas de serviços públicos até o desenvolvimento de data warehousing e soluções de visualização de dados, a Impacting Digital tem a capacidade de aceder, planear, e entregar projetos ricos no digital a todos os níveis de uma organização de cliente.

A tecnologia está a conduzir a mudança nas organizações há muito tempo. Líderes da empresa em todos os lugares estão finalmente a reconhecer que os clientes e não a tecnologia devem estar no banco do motorista, mesmo para aqueles que operam no mercado B2B.

Internet, mobile, Redes Sociais, Computação em Nuvem, Big Data, Automação de Marketing, Análise de Dados são algumas das buzzwords que para muitas empresas ainda não conseguem cumprir sua promessa de aumento de receitas e lucros. Navegar neste novo mundo digital é complexo, mesmo para agências e consultorias digitais altamente com equipas altamente qualificadas.

A Impacting Digital nasceu 100% digital, conta com uma experiência de 10 anos na resolução de problemas digitais de negócios. Criada como uma subsidiária do Grupo Impacting, temos um histórico de entrega não só de projetos digitais, mas também de modelos de negócios inovadores, como o Emailbidding ou complexos e completas soluções de automação de marketing como o Smarkio.

Além da Emailbidding e da Smarkio, o Grupo Impacting  é também proprietário da Adclick, uma empresa de referência no cenário do marketing digital.

Impacting Digital foi criada por pessoas.
Pessoas nativas no mundo digital que consigo, podem mudar seu negócio e trazê-lo para o mundo digital.{:}

Transformação Digital 2019: Como se comportam as empresas portuguesas

Num mundo cada vez mais digital, a tecnologia tem-se tornado um dos principais condutores de mudança no modus operandi das empresas.

Transformação Digital é o ponto de viragem!

Este tema, que anda a revolucionar as empresas portuguesas e a lançar desafios aos responsáveis pela tomada de decisão, hoje já não é uma novidade mas sim, um processo evolutivo que garante que as empresas estejam um passo à frente num mercado global competitivo.

De forma a acompanhar este processo, desenvolvemos um estudo sobre a Transformação Digital no Negócio. A amostra inclui 100 empresas portuguesas de vários setores e dimensões.

O nosso objetivo com o presente estudo é dar a conhecer o nível de transformação digital das empresas portuguesas em 2019! Com este objetivo em mente percebemos que as empresas portuguesas encontram-se no patamar de desenvolvimento digital, apresentando um coeficiente de transformação digital de 3,52 pts (em 5), o que nos faz acreditar que as empresas nacionais têm consciência da importância do digital, mas que da consciência à prática ainda vai alguma distância!

 

Os dois lados da moeda do negócio digital

 

As empresas portuguesas não podem deixar-se ficar para trás, é altura de acompanharem a constante evolução digital. O nosso estudo aponta alguns resultados que vão de encontro a um presente mais digital, mas ainda com algumas “pedras” no caminho. Por exemplo, sabia que mais de 70% das empresas garante que o digital tem um contributo relevante para o seu negócio? Mas quando confrontadas com a importância que o negócio digital tem na faturação da empresa, quase metade das empresas portuguesas (46%) revela que tem muito pouca representatividade.

Estes resultados fazem-nos questionar se as empresas portuguesas estão a usufruir do verdadeiro potencial do digital para o seu negócio.

Por um lado, é claro que, os canais de comunicação digital ganharam o seu espaço, sendo que, 69% das empresas apostam no digital para comunicar com os seus clientes. Dentro desta fatia, o email continua a ter um peso considerável de 44%, as redes sociais vêm logo a seguir com um peso de 22% e, por fim, os chatbots com uma pequena parcela de 3%. Concluímos que este último ainda tem pouca expressividade na comunicação junto ao cliente.
Por outro lado, 31% dos inquiridos continua a usar regularmente os canais tradicionais (presencial e feiras).
A combinação dos canais online e offline pode ser uma mais-valia dependendo da estratégia organizacional. É possível assim, as empresas beneficiarem do melhor dos dois mundos!

 

Top 7, conclusões do estudo sobre a Transformação Digital no Negócio 2019

 

  1. As empresas portuguesas mantêm-se no patamar de desenvolvimento digital (3,52 pts), apesar da ligeira evolução face a 2018 (3,48 pts);
  2. A escolha para comunicar com os clientes continua a recair sobre o email (44%);
  3. A tomada de decisão continua a ser da Administração das empresas (82%);
  4. As redes sociais já são vistas como parte integrante da estratégia digital de mais de metade das empresas portuguesas (58%);
  5. A utilização de chatbots (9%) ou automação (30%) ainda não é considerada uma mais-valia para as empresas;
  6. Disponibilizar um website otimizado aos seus clientes, continua a não ser uma realidade na maior parte das organizações (46%);
  7. O setor da Tecnologia é o mais bem preparado (3,96 pts) para uma transformação digital enquanto o setor da indústria apresenta um resultado oposto (3,16 pts).

Esperamos que estes dados sejam uma fonte de inspiração para começar, já hoje, a Transformação Digital do seu Negócio!

 


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Saber gerir o seu IP pode salvar os seus e-mails

E-mails, IP’s, provedores de serviços, listas negras, spam: é infindável a lista de conceitos que aparecem misturados quando o assunto é a entrega de campanhas de e-mail, e a situação piora quando as empresas já estão em dificuldades e lutam com e-mails que teimam em não chegar ao destino.

 

O cenário de caos mental no que toca a e-mails bate-nos à porta muitas vezes – quase sempre acompanhado de um pedido desesperado para salvarmos e-mails cativos pelos filtros de spam. Acredite ou não, geralmente perdemos mais tempo a esclarecer o funcionamento do sistema do que a resolvê-lo.

 

Se gere um negócio que não vive sem e-mail (que, hoje em dia, são todos, não é verdade?), conheça bem as regras do jogo e não aceite perder. Nós damos uma ajuda.

 

O que é o IP e porque é que ele importa tanto

 

De forma simples, o IP é o endereço do seu domínio. Se tem um site do tipo nomedasuaempresa.com, esse domínio está alojado num local da web, e esse local é identificado pelo IP.

 

A importância do seu IP é semelhante à importância da sua própria morada: é lá que vai parar a correspondência que lhe é destinada e é a essa porta que bate a polícia se um dia estiver envolvido em irregularidades. No mundo virtual acontece tudo exatamente da mesma forma.

 

IP dedicado ou IP partilhado

 

Começa aqui a confusão de muitos gestores. Ter um IP dedicado é ter um endereço só para si, onde só vive o seu domínio e mais nenhum outro. Ter um IP partilhado é como viver num prédio com vários apartamentos: além do seu domínio, aquele IP serve de morada a mais domínios, ou seja, têm todos o mesmo endereço oficial.

 

Quando o assunto é e-mail, ter um IP dedicado ou um IP partilhado é escolher entre assinar todas as cartas que saem de sua casa ou aceitar que o correio recolha cartas também dos vizinhos. É natural que, para alguns gestores, a ideia de partilhar IP (ou o que quer que seja, na verdade) com outras empresas não traz paz de espírito. No entanto, há vantagens e desvantagens em querer “morar sozinho” num IP:

 

Vantagens do IP dedicado

 

Se vive sozinho e da sua caixa de correio só saem cartas escritas por si, é garantido que tem total controlo sobre as mensagens que são largadas no mundo. Para sair uma carta irregular da sua caixa ela tem de ser escrita por si; caso contrário, tudo é processado como manda a lei.

 

Num IP partilhado, pelo contrário, os vizinhos podem misturar as cartas deles com as suas e, depois de entregues ao distribuidor, ninguém vai saber quem escreveu o quê. Se, no meio do molho, houver uma carta ilegal, a polícia vai penalizar o prédio todo pelo erro e não apenas o indivíduo que cometeu o crime.

 

Voltando aos e-mails, se tiver um IP dedicado tem total controlo sobre as mensagens que saem e, se não quiser, não há forma de aquele IP enviar spam. Está, assim, a salvo de penalizações. Já se usar um IP partilhado, está vulnerável aos comportamentos menos próprios dos outros utilizadores do mesmo IP e pode ser penalizado por tabela se eles cometerem irregularidades.

 

Desvantagens do IP dedicado

 

Ainda que tenha menos controlo num IP partilhado, a verdade é que, se só uma casa enviar cartas, o correio vai passar menos vezes – que é como quem diz, se os únicos e-mails enviados por aquele IP são os seus, nunca mais vai conseguir construir uma boa reputação (a menos que tenha um volume realmente grande de envios, superior a 100 mil por mês).

 

Com um IP partilhado, todos enviam e-mails todos os dias e todos contribuem para que o IP se mantenha muito ativo, construindo uma boa reputação com maior facilidade.

 

A importância da reputação do IP e o impacto nos e-mails

 

Digamos que as caixas de e-mail não abrem a porta a estranhos, menos ainda a visitas com ar duvidoso. Se o seu IP não for conhecido nem reconhecido, a chance de os seus e-mails serem travados antes de chegarem aos destinatários cresce exponencialmente. Se, por outro lado, os seus e-mails partirem de um IP com boa reputação, as portas vão abrir-se sem demora.

 

Ter um IP partilhado é uma forma de construir uma reputação mais rápido, para que todos os utilizadores beneficiem das vantagens associadas a ela; por outro lado, ficam todos sujeitos à penalização coletiva caso alguém cometa falhas.

 

Gerir IPs não é a sua obrigação

 

Não se exige (nem se espera) de um gestor de negócios que domine o funcionamento dos IPs e respetivo impacto na entrega de e-mails. Na realidade, esse é um trabalho minucioso e demorado, e é por isso que existem entidades fornecedoras deste serviço.

 

Contratar terceiros para cuidar dos seus IPs e dos seus envios é o melhor que pode fazer se não é um perito na matéria. Não só estes profissionais podem ajudá-lo a configurar tudo da melhor forma como ainda acompanham os seus IPs diariamente, garantindo que estão saudáveis e fora das listas negras.

Basta que entenda os conceitos principais para acompanhar a gestão do serviço prestado. O resto das energias pode investi-las na gestão do crescimento do seu negócio.

Brand Awareness: o segredo para criar uma boa equipa pode estar nos seus clientes

Criar um negócio com presença online não é fácil. Mantê-lo online – e com o tipo de presença que queremos que ele tenha, junto dos consumidores que queremos atrair – é ainda mais difícil. Porquê? Porque todas as questões se amontoam no momento de avançar: questões tecnológicas, financeiras, de recursos humanos.

 

Se as questões tecnológicas facilmente se resolvem com um orçamento mais ou menos generoso – porque as competências, essas, estão no mercado e relativamente fáceis de encontrar -, e as questões financeiras certamente são resolvidas noutro âmbito que não o do negócio digital, as questões de recursos humanos têm um impacto maior do que parece.

 

Construir “a” equipa digital

 

Vamos diretos ao ponto: não há gestor empresarial que não tenha sentido ainda que o mercado do Marketing está cheio. Cheio de oferta, cheio de procura, cheio de variedade. Há os gurus do Marketing Digital, as estrelas rock das redes sociais, os mestres dos conteúdos. Pessoalmente, sou um franco admirador do crescimento que o mercado conheceu nesta área, mas igualmente um crítico da perda de objetividade que ela sofreu. Para uma empresa que não domina a área e “só quer um bom profissional”, torna-se difícil escolher. Pior: torna-se difícil saber de qual dos peritos precisa.

 

Na realidade, o luxo de ter uma equipa composta por quatro ou cinco profissionais de marketing digital, cada um com a sua especialidade, é para muito poucas empresas. As equipas de marketing não podem, nunca podem, tornar-se um peso para o negócio, sobretudo se não conseguirem provar, objetivamente, a sua relevância. A menos que o retorno seja visível nos resultados semestrais, não há empresa nem gestor que se sinta confortável a acumular colaboradores, ainda que todos garantam ser gurus de qualquer coisa.

 

Coloca-se, então, a questão: de qual dos profissionais o seu negócio precisa mais? Qual contratar? Não saber o que se procura é o primeiro passo para um erro crasso de casting. A boa notícia é que há uma forma de evitá-lo: ouvir o mercado.

 

Medir o brand awareness

 

Temos, enquanto gestores, uma forte tendência para ouvir (e seguir) a competição, mas o que sugiro é ouvir o mercado. Ouvir o que o público diz e pensa do seu negócio vai dar-lhe uma noção das áreas em que precisa de intervenção mais urgente e daquelas em que compensa investir mais.

 

Medir o que o público pensa e diz do seu negócio é medir o brand awareness. Aplicado ao mundo digital, o brand awareness reflete-se em todos os momentos em que a sua marca é citada – para o bem e para o mal – e, com isso, imprime uma memória no consumidor.

 

O brand awareness manifesta-se online de várias formas, e por isso há um igual número de possibilidades de medi-lo. Para cada uma delas, faz sentido um tipo diferente de profissional de marketing digital, e é por isso que não é descabido escolher a sua equipa consoante o feedback que recebeu do público.

 

As métricas de brand awareness e os profissionais de que precisa

 

1. Como sabem da nossa existência?

 

Perguntar diretamente ao público como chegou até ao seu negócio é a forma mais fácil de descobrir por onde estão a chegar-lhe os clientes. Pode fazê-lo distribuindo um inquérito aos clientes (e convencendo-os a preenchê-lo) ou a um grupo aleatório de pessoas, sabendo que, neste último caso, pode deparar-se com o desconhecimento total da sua marca, que também é um indicador a considerar.

 

Dependendo do resultado, pode estar perante uma necessidade simples de visibilidade. Faz-lhe falta um profissional que consiga pô-lo nas bocas do mundo, que saiba explorar novos mercados, espaços e públicos. Um profissional que saiba construir conteúdos apelativos e que não tenha medo de abordar o consumidor. Que domine as ferramentas de análise do mercado para descobrir os clientes no lugar onde eles estão.

 

2. Quem vem ao nosso site?

 

Medir os utilizadores novos que chegam ao seu site é outra forma de saber o quão popular está o seu negócio e, claro, onde é que ele é popular. Com as ferramentas atuais de análise de métricas (um simples Google Analytics) consegue descobrir de onde vêm os novos visitantes, que páginas visitaram antes e de que forma chegaram até à sua página.

 

Estes dados vão dar-lhe uma ideia do caminho a seguir: se os visitantes novos lhe chegam pelas redes sociais, é ali que vai querer investir, por isso há que procurar competências nessa área. Se, por outro lado, nota que os novos visitantes que se fidelizaram vieram por uma pesquisa, talvez seja o momento de investir a sério na implementação de uma estratégia para motores de busca.

 

3. O que dizem de nós?

 

Damos o nome de “ferramentas de audição das redes sociais” às plataformas que nos mostram as citações que nos são feitas. Saber como e onde falam da sua marca é uma boa forma de saber, por um lado, como vai a sua reputação (não se esqueça que pode estar a ser citado por queixosos), e, por outro, onde estão os que mais falam de si.

 

Adaptar as competências dos profissionais que contrata pode, neste caso, salvar a sua marca. Um bom profissional de redes sociais pode acompanhar as citações e cuidar delas para que não prejudiquem a sua reputação, mas tem mesmo de ser conhecedor das ferramentas de acompanhamento que estão disponíveis.

 

4. O que procuram quando chegam até nós?

 

Não basta termos um negócio online: temos de saber se estamos, de facto, a chegar ao cliente certo, tal como fazemos offline. De nada me serve investir no marketing digital se os clientes que ele me traz não convertem ou, pior, nem encaixam no meu perfil-alvo.

 

Uma breve pesquisa nas ferramentas de análise do Google já lhe diz o que os utilizadores pesquisaram nas redes sociais antes de chegarem até si, e, dependendo do resultado com que se deparar, pode descobrir a necessidade urgente de incluir na sua equipa um profissional que alinhe os conteúdos ao seu propósito e traga até eles os utilizadores certos. Domínio de técnicas de otimização para pesquisas e campanhas publicitárias é essencial neste caso.

 

Se não souber medir o brand awareness

 

É evidente que, sendo gestores, não temos obrigação de saber medir o nosso brand awareness. Se está nessa posição, pode sempre contratar o serviço a uma agência – será sempre mais fácil do que procurá-la sem fazer ideia do que precisa.

 

Em todo o caso, o importante é que se mantenha fiel aos princípios da gestão, mesmo quando o mundo parece querer dar-lhe a volta: contrate e invista sempre com a base no ponto em que se encontra e a mira no ponto onde quer estar. O caminho do seu negócio é traçado a três, com a sua equipa de um lado e o mercado do outro. É a si que cabe manusear o leme, baseado em métricas reais e objetivos concretos.

Não troque o seu Call Center pela Inteligência Artificial

Recorrer aos serviços subcontratados de um call center – ou, para negócios de maior dimensão, investir no próprio call center – é daquelas decisões inevitáveis de gestão. São a forma ideal de a nossa empresa interagir com o cliente? Claro que não (tomáramos nós ter um colaborador sorridente e disponível para interagir pessoalmente com cada cliente que nos procura!), mas são a solução menos má para aquela fase em que nos tornamos demasiado grandes para a estrutura em que nascemos.

 

Recorrer ao serviço de um call center, não me interprete mal, não é uma decisão má para a sua empresa. Mas pode ser uma armadilha, sobretudo se pensarmos que nada, nem ninguém, nos garante que do lado de lá da linha telefónica estará sempre um colaborador dedicado e comprometido com os valores que definem o nosso negócio. Na verdade, o trabalho de suporte telefónico tende a ser monótono e aborrecido, repetitivo e, frequentemente, frustrante. Se quer ajudar o seu serviço de call center a escapar à sua própria natureza, é boa ideia parar para analisá-lo e procurar soluções – sendo que a boa notícia é que algumas dessas soluções passam pela integração da automação num sistema que não vai deixar de ser humanizado.

 

Implementar a Automação em Call Centers

 

Do chatbot ao self-service

 

Claro que um call center serve para os consumidores procurarem ajuda direta de um representante da empresa, mas todos sabemos que esse não é um retrato fiel da realidade. Basta uma curta visita aos nossos próprios operadores e ficamos a conhecer um mundo de repetições: perguntas que são sempre iguais, ajudas que são simples, problemas que, bem vistas as coisas, nem o são propriamente e aumentam o consumo de tempo.

 

São as questões simplificadas que mais prejudicam os call centers: elas desvalorizam e tornam repetitivo o trabalho dos operadores, e desgastam os consumidores porque exigem deles mais tempo do que aquele que seria verdadeiramente necessário para resolver o problema que os aflige.

 

Implementar um chatbot no seu serviço de call center é uma forma ótima de mitigar o problema das perguntas frequentes. Já que, diz-nos a prática, o consumidor raramente consulta as páginas de FAQ, o chatbot assume-se como uma versão dinâmica desta ferramenta de auto-ajuda, guiando os consumidores através de uma corrente de perguntas e respostas que podem resolver os problemas mais simples sem sequer necessitar de interação humana.

 

Com a Inteligência Artificial ao seu serviço, o seu call center passa a estar livre das questões pequenas e disponível para debruçar-se sobre as grandes – ao mesmo tempo que os seus clientes passam a ser capazes de resolver os seus próprios problemas de forma imediata e instantânea, tal como exigem. É bom para todos.

 

Foque a automação em si mesmo

 

Pensar na automação como ferramenta focada no cliente, facilitando-lhe tarefas, é o caminho mais comum – mas ambos sabemos que um bom negócio nem sempre se gere fechado nos trilhos que todos os outros já percorreram antes. E se lhe fizermos o desafio de trazer a Inteligência Artificial para o lado dos seus operadores em vez de focá-la nos consumidores?

 

Pode, por exemplo, implementar um sistema de automação que interage com os operadores do call center e os ajuda a conduzir a interação com os clientes, fornecendo documentação e informações que prevê necessárias através de um sistema de machine learning. Image agora que, numa interação com o seu call center, o cliente não tem de esperar enquanto o operador pesquisa documentos e guias – porque, do lado de lá da linha, o seu operador já está a receber, em tempo real, a documentação relacionada com o problema em causa, sugerida por um sistema inteligente que interpreta a conversa e adivinha o que vai ser preciso.

 

A implementação deste tipo de sistemas envolve um investimento maior do que o já tradicional chatbot, mas tem a grande vantagem de ser invisível ao consumidor, que fica sempre com a sensação de atenção, cuidado e genuinidade oferecida pelo contacto direto de humano para humano. Além disso, a redução dos tempos de interação faz descer os custos operacionais, algo tão desejado no relatório anual. Operadores mais eficientes também ficam mais motivados, e isso vai, provavelmente, refletir-se nos números mensais de desempenho do serviço.

 

Deixar o sistema de automação “atrás da cortina” é uma forma inteligente de tornar o seu negócio mais eficiente sem, em momento algum, sacrificar a experiência do consumidor. Em negócios que vivem da construção de uma relação de afeto e identificação com o consumidor, este pode ser o bote de salvação numa tempestade de clientes exigentes de tudo para agora.

 

A tecnologia aprende, mas também ensina

 

Esta é outra vertente que vejo ser muito pouco considerada pela maioria dos gestores. A tecnologia existe, sim, para complementar o business intelligence e para acelerar e/ou simplificar operações, mas ela também pode funcionar como suporte de treino dos próprios humanos.

 

No caso dos call centers, a questão é fácil de colocar: se já geriu um negócio que incorporava (ou trabalhava com) o serviço de um call center, sabe bem o volume da despesa que o treino e a formação de colaboradores representam nesta área de negócio.

 

Os call centers são, por excelência, locais de trabalho temporário. Ninguém vem para ficar uma vida, ninguém chega com experiência anterior. Todos passam por uma formação inicial, por uma fase de teste e só depois são considerados ativos verdadeiramente operacionais. Se é gestor, está a ver onde quero chegar: milhares e milhares de euros gastos a financiar a formação, horas e horas de ausência do posto de trabalho para acompanhar (e dar) essa formação. Porque não simplificar o processo e automatizá-lo?

 

Se a tecnologia, munida de Inteligência Artificial, sabe o suficiente para fundamentar decisões de gestão, está certamente habilitada de igual forma para ensinar as bases a quem chega. Assim, implementar um sistema de formação completamente automatizado vai fazê-lo poupar tempo, dinheiro e recursos humanos, garantido, ao mesmo tempo, que a formação é semelhante e uniforme para todos os colaboradores. Mais uma vez, é só uma questão de pensar na automação como uma ferramenta focada nas suas necessidades, em oposição ao foco nas necessidades dos clientes.

 

Em jeito de fim

 

Quando lhe peço, no título deste artigo, que não troque o seu Call Center pela Inteligência Artificial, o meu objetivo é fazê-lo ver que não podemos de forma nenhuma cair no erro de pensarmos na tecnologia como um substituto direto dos humanos. Ela não é, nem nunca será, empática, solidária e flexível como os humanos, e é exatamente isso que, independentemente do grau de inteligência, lhe confere a designação de “artificial”.

 

Quando o tema é a interação com o cliente, o mote deve ser sempre o da complementação: pense na automação – e, consequentemente, na Inteligência Artificial – como um complemento, como aquele “passo extra” que ajuda o seu serviço a destacar-se dos restantes sem, na verdade, impactar na experiência do utilizador. Combinada com a humanização, a tecnologia vai trazer o seu serviço para a linha da frente sem que ninguém saiba dizer exatamente porquê – porque, como acontece em todos os bons negócios, o “truque” está por detrás da cortina. Para quem está de fora, só fica óbvio o elevado grau de eficiência e eficácia da equipa, que é o que todos queremos mostrar.

 

Deixo-lhe, assim, o meu conselho – quer para gestão, mas, e sobretudo, para implementação de soluções disruptivas -: seja criativo. Sei que “pensar fora da caixa” é o que pedimos aos mais jovens e o que procuramos nas camadas abaixo da gestão, e que um bom gestor é tido como um líder constante e coerente, mas a verdade é que nos cabe a nós, que tomamos as decisões, o papel de incentivar a disrupção, dando o mote nós próprios e, muitas vezes, dando nós o primeiro passo nesse sentido. Ponha a sua equipa a pensar na tecnologia para ela mesma, para a empresa e para o negócio, e vai ver que tem muitas (e boas) surpresas. A partir daí é investir e colher os frutos do sucesso.

A transformação digital está a chegar por outsourcing – e isso não nos espanta

Não há conferência, workshop ou encontro de líderes e gestores onde a transformação digital das empresas não seja um tema presente. No entanto, são poucas as empresas que têm, efetivamente, um ou vários departamentos inteiramente dedicados à transformação digital – tanto que um estudo realizado pela Impacting Digital em 2018 confirmou que 22,9% das empresas portuguesas admite preferir o outsourcing dos serviços digitais. 

 

O cenário tem uma explicação: sabemos, enquanto gestores de negócio, que a mudança pesa no relatório de contas, e sabemos, enquanto gestores de expectativas, que os stakeholders não tiram os olhos dos números e das taxas de retorno. Ora, manter um departamento (ou vários) a gastar permanentemente os recursos da empresa numa atividade cujos resultados não surgem a curto prazo pode ser difícil de justificar – e é aí que o outsourcing aparece como solução mais viável.

 

As vantagens do outsourcing no processo de transformação digital

 

Mais competências com menor investimento

 

Não é segredo que a economia de escala favorece as empresas de outsourcing, permitindo a alocação de um único investimento a diversas fontes de retorno – baixando assim o preço final do serviço e tornando mais barato contratarmos uma equipa de suporte IT em outsourcing do que mantermos a nossa própria equipa dentro de portas.

 

Por outro lado, as empresas de outsourcing combinam diferentes competências dentro da mesma equipa – porque, mais uma vez, a economia de escala lhes oferece uma maior margem de manobra -, permitindo que nós, enquanto negócio, tenhamos acesso a diferentes capacidades técnicas que nunca teríamos se tivéssemos de contratá-las uma a uma.

 

Contratar um serviço de apoio TI em formato de outsourcing torna-se, assim, uma forma fácil de completar o negócio com novas competências sem ter de fazer o correspondente (e proporcional) investimento financeiro – que o digam os 26% de empresas norte-americanas que, num estudo da Innovative Tech, assumiram o outsourcing como ferramenta de corte de custos na área digital.

 

Acesso a competências escassas

 

O mercado de trabalho está mais perto da plenitude e os recrutadores conhecem bem a dificuldade que é encontrar – e reter – determinados talentos da área tecnológica. Com algumas competências técnicas a tornarem-se cada vez mais essenciais para os processos de transformação digital, o desequilíbrio entre a oferta e a procura cresce e já se sabe que os mais penalizados são sempre os que têm menor poder no mercado.

 

Para não ficarem de fora da transformação digital por falta de competências técnicas – o que só agrava o fosso entre as empresas com mais e menos força de negócio -, 19% das empresas recorrem ao outsourcing para terem acesso, ainda que indireto, a profissionais com a qualidade que a transformação digital exige e que as equipas permanentes ainda não têm (enquanto 21% admite que a qualidade do trabalho melhora).

 

Cloud computing

 

A nuvem está na moda e, do ponto de vista da transformação digital, tem todos os motivos para isso. Com a informação armazenada em servidores externos, o processo de integração de tecnologias torna-se infinitamente mais ágil – não só porque todas podem aceder à mesma base, mas também porque a manutenção dos servidores externos é mais frequente e mais fácil do que a manutenção de servidores particulares, que eventualmente se desatualizam.

 

Sendo a informação, o acesso a ela e a forma como ela é catalogada elementos fundamentais para um processo de transformação digital, a tecnologia da nuvem transforma-se numa ferramenta praticamente imprescindível para qualquer negócio moderno.

 

Melhor adoção digital

 

Gestores de empresas mais antigas vão compreender bem este ponto: é muito difícil contrariar a cultura empresarial e, numa empresa onde a equipa tem muitos anos, a resistência à mudança é tão forte que, se ela vier de dentro, não tem como vingar.

 

Contratar em outsourcing os serviços de digitalização melhora a adoção digital na medida em que, vindo de fora, o processo não é contaminado pela cultura empresarial e resiste a ela de forma mais eficiente. A consciência de que a transformação digital resulta de um investimento visível da empresa aumenta a reputação do processo e ajuda a que seja melhor aceite pelos colaboradores.

 

Equipa de IT estrategicamente alocada

 

A contratação do serviço de outsourcing não tem de obrigá-lo a abdicar de uma equipa interna de IT. Na verdade, a delegação dos serviços de suporte ao utilizador final (como tickets, resposta a problemas de hardware ou monitorização do desempenho da estrutura tecnológica) na equipa de outsourcing permite libertar a equipa interna para que se dedique por inteiro a iniciativas e planeamento estratégico – que não só são muito mais importantes para o processo de transformação digital como, essas sim, requerem um conhecimento do negócio que só quem está lá dentro pode ter.

 

O custo, neste caso, sofre um ligeiro incremento (porque paga as duas equipas em simultâneo), mas o retorno também não será o mesmo e, do ponto de vista da Business Intelligence, é muito maior.

 

Por todos estes motivos, não nos espanta que a transformação digital esteja a chegar às empresas por outsourcing. Esse é o futuro da tecnologia e dos serviços em geral – e as empresas agradecem.

A inovação é só para empresas ricas?

Enquanto gestor de uma empresa rica em parcerias estratégias, ouço com mais frequência do que desejaria que “a inovação é para quem tem dinheiro”. De facto, é nas empresas maiores que encontro departamentos inteiramente dedicados à inovação, e são elas que dão o nome (e não só) a eventos e iniciativas de promoção da inovação tecnológica: tanto que, no estudo sobre Transformação Digital que a Impacting Digital realizou em 2018, notámos que as empresas com faturação anual acima dos 500M€ eram as que estavam digitalmente mais desenvolvidas. 

 

Tenho, no entanto, de contra-argumentar que o cenário da inovação não é tão linear assim. A inovação custa, sim, uma boa dose de recursos, mas não tem de ser uma dose insuportável e pode ser adaptada à dimensão de cada negócio. Na realidade, a inovação pode até representar um corte de despesas a longo prazo, mais do que um investimento a fundo perdido em experiências muitas vezes falhadas.

 

A inovação tem vários preços

 

Este é sempre o meu ponto de partida. A inovação é um processo complexo, com muitas etapas e caminhos possíveis. Nem todos custam o mesmo, nem todas as empresas têm custos iguais seguindo pelo mesmo caminho.

 

Costumo, em reunião com pares, ilustrar o que digo dividindo as etapas da inovação em diferentes categorias de preço: as que são gratuitas, as que são baratas e as que exigem um investimento de peso.

 

Inovações gratuitas

 

Há etapas do processo de inovação que, acredite se quiser, são totalmente gratuitas. Uma delas é a construção de uma cultura de inovação. Não precisa de gastar dinheiro para fazer a sua equipa pensar de forma inovadora – basta que invista numa redefinição de posturas e abordagens, de uma forma consistente e por um período de tempo considerável. Consegue fazê-lo começando por si: comunique uma visão mais inovadora do negócio, faça ver aos colaboradores que quer colocar a empresa na vanguarda da inovação. A cultura empresarial é contagiante por natureza e, a médio prazo, vai notar resultados positivos.

 

Também não custa nada pedir ideias. Pode pedi-las aos colaboradores, aos clientes, aos fornecedores. No fundo, qualquer pessoa que esteja de alguma forma ligada ao seu negócio vai saber dar-lhe sugestões. Pode não aplicá-las todas, mas é quase certo que algumas vão deixá-lo surpreendido por não ter pensado nelas antes.

 

Definir um caminho a percorrer coletivamente é igualmente gratuito. Muitas vezes os colaboradores só não participam mais com a sugestão de ideias porque não sabem se as empresas estão abertas a elas ou sequer se estão interessadas. Esclareça com a sua equipa que tem, sim, interesse em ouvir novas perspetivas e, correndo bem, a pô-las em prática – é da motivação que nascem as grandes mudanças.

 

Inovações de baixo custo

 

Da mesma forma que há etapas do processo de inovação que não requerem qualquer investimento, há outras em que o custo de execução é demasiado baixo para ignorar.

 

As reuniões de brainstorm, por exemplo, juntam os colaboradores numa sessão de partilha e desenvolvimento de ideias que pode ser altamente rentável para o negócio – tudo sem desviar um cêntimo do seu orçamento e investindo apenas algumas horas de trabalho da equipa.

 

Se não tiver facilidade em juntar as equipas periodicamente, pondere a criação de um espaço na intranet ,ou até mesmo na cloud, onde as mesmas ideias possam ser apresentadas e debatidas entre colegas. O custo de implementação já pode ser algum (para criar a plataforma), mas não é difícil de fazer compensar com as ideias de inovação que daí resultarem.

 

Debatidas as ideias, continua a poder avaliar e escolher as melhores sem gastar dinheiro. A despesa só surge quando as sugestões mais promissoras entrarem na fase de prototipagem – mas, por esta altura, o envolvimento e motivação conseguidos junto dos colaboradores que sugeriram aquela inovação já pagou qualquer tempo dedicado à construção de protótipos – além de, na maior parte das vezes, a prototipagem ter custos reduzidos.

 

Com os protótipos acabados, pode validá-los junto dos clientes. A iniciativa pode ser acolhida (e apresentada) como estando ao abrigo da relação de parceria entre as instituições, por isso dificilmente lhe será pedido que pague pelo feedback.

 

Por fim, e independentemente dos resultados obtidos com cada inovação, é importante que reconheça o valor de envolver colaboradores e parceiros em projetos internos de inovação, construindo relações de fidelidade e de confiança. Faça da sua inovação a inovação de todos, e verá que novas oportunidades vão ser geradas por aquela que acabou de aproveitar. Novos parceiros vão surgir e, em consequência, novas inovações para o seu negócio.

 

Inovações exigentes em investimento

 

O investimento “a sério” começa quando novos produtos ou serviços têm de ser desenvolvidos para implementação. Nós, gestores, sabemos que construir um protótipo não é o mesmo que preparar um produto para o cliente final – seja ele interno ou externo. Equipas inteiras vão ter de ser dedicadas ao processo, com a alocação de grandes orçamentos e muitas horas de trabalho.

 

O cenário agrava-se quando em causa está uma transformação do negócio da empresa, que obriga ao reajuste de todos os parâmetros administrativos e operacionais. O investimento é grande, embora a ousadia possa ser rentável.

 

Por fim, a inovação pode exigir que repense a estrutura do seu negócio (incluindo a estrutura tecnológica). Este processo, se levado a cabo com seriedade, pode facilmente transformar-se numa das maiores rubricas do seu relatório de contas.

 

Inovar está cada vez mais caro

 

Com cada vez mais empresas no mercado a investir em força na inovação, é difícil perceber porque é que cada vez menos se inventam coisas totalmente originais.

 

Na realidade, um estudo do Instituto de Stanford para a investigação de políticas económicas revelou que as organizações de hoje investem 20 vezes mais em I&D do que as empresas em 1930, mas que não estão a beneficiar de um aumento proporcional na qualidade dos resultados dessa investigação. Porquê? Porque é cada vez mais difícil encontrar o que ainda não existe – e porque a onda de investimento das empresas de grande dimensão está a fazer subir o preço da inovação e a torná-lo menos acessível para o mercado mais pequeno.

 

A solução, ainda assim, está ao seu alcance: só tem de substituir a pergunta “quanto posso investir” pela pergunta “como posso investir”.

 

Como investir em (boa) inovação

 

Até as empresas de grande dimensão zelam pelo bom uso dos seus recursos, e a inovação é um verdadeiro sorvedouro de recursos se assim permitir. Na realidade, financiar um processo de inovação é quase como fazer uma aposta com o dinheiro da sua empresa: pode estar a comprar um processo de ideação cheio de bons frutos, ou pode deparar-se, dali a uns meses, com uma série de experimentações falhadas e nenhuma ideia pronta a implementar.

 

É neste cenário que surge a inovação aberta ou em parceria – aquela que ultrapassa as paredes da empresa e vai buscar recursos a outras organizações.

 

Pense que não é só a sua empresa que olha para a inovação como financeiramente inatingível. Pelo país fora, há milhares de pequenos negócios que não têm como sustentar a inovação, embora sintam que precisam dela para se manter no jogo comercial. A solução é unirem energias, contribuindo para o desenvolvimento comum.

 

A sinergia no campo da inovação passa pelo acordo com empresas de desenvolvimento com o objetivo de entrarem no processo de ideação. Imagine que precisa de um sistema tecnológico novo e muito específico: quando tiver a ideia e o conceito bem definidos, passa a missão de concretização a um parceiro e, em troca, deixa que ele use a sua ideia para ir mais longe e derivar noutros projetos. Um modelo semelhante pode ser criado com parceiros e fornecedores: podem criar soluções conjuntas que servem, simultaneamente, as necessidades dos dois negócios.

 

A ideia da agregação de recursos é que as empresas pequenas acabem a inovar em cima da inovação das outras e evitem ter de inventar tudo do zero, uma de cada vez, em cada processo de inovação. Se o fizerem, cada uma investe menos, há menos desperdício e maior controlo sobre os limites do investimento individual (sem que isso ponha em causa o progresso do processo de inovação).

 

Quando o assunto é inovação nos negócios, empresa nenhuma pode dar-se ao luxo de deixar que a concorrência lhe passe à frente. Antes de começar a debitar recursos, olhe à sua volta e angarie aliados de inovação: eles vão acelerar o seu processo, contribuir com melhorias e ainda oferecer-lhe uma grande poupança a longo prazo. A inovação não é só para empresas ricas – é para aqueles que sabem fazer boas parcerias.